Connect with us

Todas as categorias

Produção agrícola do Tocantins encolhe R$ 2,2 bilhões em 2024 e clima é o principal vilão

Published

on

Relatório do IBGE revela impacto direto nas lavouras tocantinenses; apesar da queda no valor, área plantada cresceu/

O Tocantins registrou uma redução expressiva no valor da produção agrícola em 2024, de acordo com dados recém-divulgados pela Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que o estado arrecadou R$ 12,8 bilhões com a produção agrícola, número significativamente menor que os R$ 15 bilhões registrados em 2023 — uma perda superior a R$ 2,2 bilhões em apenas um ano.

Clima seco e altas temperaturas afetam principais culturas

Segundo o IBGE, o fenômeno climático El Niño teve papel determinante no recuo do setor. A estiagem prolongada e irregularidade nas chuvas, especialmente nas regiões Centro-Norte e Sudeste do Brasil, comprometeram diretamente a produção de soja e milho, as duas culturas com maior peso econômico no estado.

O supervisor técnico da pesquisa, Winicius Wagner, explica que a combinação entre o clima adverso e a queda nos preços desses grãos no mercado interno contribuiu para o desempenho negativo.

“A estiagem severa atingiu principalmente as lavouras de verão. Como a soja e o milho são extremamente sensíveis à falta de água em fases cruciais do ciclo, a produtividade despencou. E como os preços também recuaram, o impacto foi duplo: menos produto e menor valor de venda”, detalhou.

Área plantada cresceu, mas não compensou prejuízo

Apesar da retração econômica, o estado ampliou sua área agrícola destinada à colheita, totalizando 2,2 milhões de hectares entre lavouras temporárias e permanentes. A expansão mostra que os produtores mantêm apostas altas na agricultura, mesmo diante dos desafios climáticos e econômicos.

A tendência segue alinhada ao esforço de modernização do setor no Tocantins, que vem adotando tecnologias de manejo e cultivares adaptadas, mas ainda depende fortemente das condições climáticas favoráveis.

Queda nacional também preocupa

A redução registrada no Tocantins reflete um cenário nacional de retração no setor. Em todo o país, o valor da produção agrícola caiu de R$ 814 bilhões em 2023 para R$ 783 bilhões em 2024. O resultado reforça os impactos generalizados do El Niño, além de oscilações nos mercados internacionais e nos custos de produção.

Expectativas para 2025

Com o fim do El Niño e a previsão de um ano agrícola mais equilibrado, especialistas apontam que 2025 pode trazer uma recuperação gradual para o setor. No entanto, produtores ainda aguardam medidas de apoio e incentivos por parte dos governos estadual e federal para aliviar os efeitos da última safra e garantir segurança para os próximos ciclos.


Acompanhe o To em Alta para mais notícias sobre o agronegócio, clima e economia no Tocantins.

Apaixonado por jornalismo desde a infância, quando percorria as ruas como entregador de jornais, Francisco Costa construiu sua carreira com os pés no chão e os olhos atentos à realidade. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), ele soma anos de experiência nos bastidores da notícia, tendo atuado como produtor nos principais telejornais da capital. Com passagens marcantes por emissoras de TV locais, Francisco acompanhou de perto os desafios da notícia ao vivo, a correria das redações e a responsabilidade de informar com precisão e ética. Seu olhar jornalístico foi lapidado tanto nas coberturas de grandes acontecimentos quanto nas histórias que poucos enxergam, mas que merecem ser contadas. Hoje, leva essa bagagem para o jornalismo digital, com o compromisso de manter o público bem-informado, com independência, clareza e respeito aos fatos. Seu trabalho reflete a convicção de que o jornalismo é mais do que profissão — é missão.

Continue Reading
Comments

Futebol

Derrota dura: LDU impõe 3×0 e complica o Palmeiras na semifinal da Libertadores

Em noite difícil em Quito, altitude e erros custam caro ao Verdão, que agora precisa de atuação perfeita no jogo da volta

Published

on

Imagem: © Reuters/Cristina Vega/Direitos Reservados

Na partida de ida da semifinal, disputada em Quito, o Palmeiras sofreu uma derrota pesada por 3 × 0 diante da LDU Quito, que aproveitou ao máximo os fatores que julgava favoráveis (casa, altitude e momento) e impôs desde o início seu ritmo de jogo. As condições adversas para o Verdão ficaram evidentes: a altitude equatoriana, o gramado, o fato de atuar fora de casa e até certo nervosismo diante da expectativa do confronto.


A LDU, por sua vez, mostrou uma atuação muito mais organizada, agressiva desde cedo e eficiente no aproveitamento das chances: abriu o placar cedo, controlou a posse, soube explorar o jogo aéreo e erros de transição do Palmeiras.
Para o Palmeiras, a derrota expôs fragilidades importantes: dificuldade de adaptação à altitude, lento início de jogo, problemas para reagir após sofrer os gols, limitações ofensivas e talvez um excesso de pressão para manter a invencibilidade na competição ou impor seu futebol fora de casa. Mesmo com uma excelente campanha até aqui, esses fatores se combinaram para render um resultado decepcionante.


Agora, o desafio para o Verdão fica ainda maior: não só se trata de buscar reverter a desvantagem na partida de volta, mas de fazê-lo com atuação muito diferente desse primeiro jogo.


A LDU, por outro lado, chega motivada e com vantagem clara – o que a libera para explorar a tática de contra-ataque e fechar espaços.
A derrota foi dura para o time brasileiro. O adversário soube aproveitar o momento e as condições, e agora cabe ao time alviverde analisar o que falhou tanto no planejamento como na execução para tentar reagir e manter vivo o sonho da final.

Continue Reading

ESPORTE

Opinião: Flamengo vence Racing e sai na frente nas semifinais da Libertadores

Vitória apertada no Maracanã mantém torcida rubro-negra animada, mas decisão segue em aberto

Published

on

Foto: Dhavid Normando/Getty Images

Na noite desta quarta-feira, em clima de decisão antecipada, o Flamengo recebeu o Racing no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para a ida das semifinais da Libertadores.

A partida tinha tudo para ser embolada – e foi. As expectativas, a pressão e o ambiente de festa da torcida rubro-negra se misturaram com a concentração e o respeito do adversário argentino.

Desde o apito inicial, o Flamengo buscou impor seu ritmo: posse de bola, transições rápidas, troca de passes pelos lados e tentativas constantes de criar superioridade ofensiva.

O Racing, por sua vez, se comportou com disciplina, fechando espaços no meio-campo, buscando o contragolpe e apostando em sua solidez defensiva para suportar os momentos de pressão adversária.

O único gol válido do jogo veio em momento crucial: já nos últimos minutos da etapa final, o Flamengo encontrou o espaço necessário para furar o bloqueio do time argentino. Com movimentação inteligente e aproveitando a faixa de pressão, o time carioca fez 1 × 0, abrindo vantagem na eliminatória.

A partir daí, passou a atacar ainda mais para ampliar o placar, contudo, não conseguiu passar da vantagem mínima.

Vale destacar algumas marcas da partida:

  • O Flamengo conseguiu mais tempo de domínio de bola, forçando o adversário a recuar e se adaptar.
  • O Racing mostrou que não veio a passeio: resistiu bem e criou situações de perigo, chegando a abrir o placar, mas o árbitro já havia marcado falta no lance.
  • A vantagem mínima para o Flamengo é importante – dá margem, mas não garante nada. O time brasileiro agora vai com a torcida confiante para a partida de volta, enquanto o Racing precisa reverter o placar.

Em suma: vitória planejada, sofrida, valorizada. O Flamengo sai com vantagem para o jogo de volta, mas o cenário continua aberto – e o Racing não vai facilitar. A torcida rubro-negra pode sonhar, mas sabe que ainda há 90 minutos por disputar.

Continue Reading

ESPORTE

“Flamengo e Palmeiras fazem jogo grande, mas arbitragem vira manchete”

O duelo entre Flamengo e Palmeiras teve tudo o que se espera de um clássico brasileiro: intensidade, rivalidade e polêmica. Mas, mais uma vez, a arbitragem roubou os holofotes.

Published

on

Foto: Gilvan de souza/Flamengo

Em campo, o Flamengo foi mais agressivo e aproveitou melhor as chances. O Palmeiras, apesar de organizado, pecou na criação e sofreu nos momentos decisivos. O jogo, tecnicamente, foi bom — mas não foi brilhante. Faltou capricho, especialmente nas finalizações e nos passes finais. Para dois elencos milionários, era esperado mais futebol e menos erro bobo.

A arbitragem, como de costume, foi um capítulo à parte — e não no bom sentido. Decisões duvidosas, critério confuso e influência direta no ritmo da partida. Em jogo grande, o árbitro não pode ser protagonista. E foi. O Palmeiras reclamou de um pênalti não dado em cima de Gustavo Gómez logo no início do jogo, além de reclamar de uma falta no lance que originou o pênalti para o Flamengo.

No fim das contas, o Flamengo venceu com méritos por 3×2, com grande atuação de Pedro, mas a sensação é de que o espetáculo ficou aquém do potencial. Clássico desse nível não pode virar mais um jogo marcado por reclamações pós-jogo e entrevistas sobre o juiz. Futebol bom é decidido no pé, não no apito.

Com a vitória, o Rubro Negro igualou os 61 pontos do Palmeiras, mas continua na vice-liderança do Brasileirão. A equipe alviverde permanece na ponta por ter uma vitória a mais no critério de desempate. A reta final do campeonato brasileiro promete pegar fogo.

Continue Reading

MAIS LIDAS

Copyright © 2025 Jornal To em Alta