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“Como Diz Minha Mãe: A Verdade Sempre Encontra um Microfone”

“Como Diz Minha Mãe: A Verdade Sempre Encontra um Microfone”

30/10/2025 às 21h00 Atualizada em 03/11/2025 às 20h32
Por: Redação
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Foto: Reprodução Instagram
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Foto: Arquivo Pessoal

 

"Quem nasce com estrela, até no escuro brilha." Como diz minha mãe, eu vim ao mundo com um brilho diferente — nasci no mesmo dia em que o Tocantins nasceu. Enquanto o Estado era criado oficialmente, lá estava eu, estreando minha própria história. Coincidência? Talvez. Mas eu gosto de acreditar que já era sinal de que eu teria muito a contar.

 

Desde pequeno, eu tinha essa mania de observar tudo ao meu redor e transformar em palavras. Enquanto outras crianças brincavam de carrinho, eu já imaginava estar diante das câmeras, falando com um público invisível. E não demorou: ainda criança, comecei a fazer propagandas para TV. Eu nem entendia direito a importância daquilo tudo, só sabia que quando a luz vermelha da câmera acendia, eu me sentia inteiro. Como diz minha mãe, "quem nasceu pra ser visto, não nasceu pra se esconder".

 

Mas, na escola, nem sempre foi fácil. Eu era um menino mais sensível, frágil aos olhos dos outros. E isso bastava pra virar alvo de piadas, de zoações que ferem mais do que aparentam. Criança não entende direito o que é diferente, e muito menos como respeitar isso. Então eu sofri. Calado, às vezes. Bravo, outras vezes. Mas nunca sozinho. Minhas irmãs eram meu escudo. Se alguém mexesse comigo, elas estavam lá — não como quem briga, mas como quem protege com amor. Como diz minha mãe, "irmã que é irmã sente na pele a dor do irmão".

 

Os professores também viam algo em mim. Talvez fosse o jeito sonhador, talvez fosse essa urgência em querer falar, contar, participar. Não sei. Só sei que muitos deles cuidavam de mim como se eu fosse parte da família. Me incentivavam, me protegiam, me puxavam pra frente. Me davam espaço pra ser quem eu era, sem precisar pedir desculpas por isso. Como diz minha mãe, “quando o mundo te fecha portas, sempre tem alguém que te abre uma janela”.

 

E a janela que se abriu pra mim foi o jornalismo. Eu sempre quis ser jornalista. Não por vaidade, mas porque sempre acreditei na força das palavras. Sempre achei que a verdade precisava de alguém que a carregasse com responsabilidade — e coragem. A mesma coragem que eu aprendi a ter quando precisei enfrentar o riso dos colegas, quando precisei ser forte sem parecer duro.

 

Hoje, cada matéria que escrevo, cada história que conto, carrega tudo isso: o menino que um dia foi zoado por ser diferente, o irmão que foi protegido com amor, o aluno que foi acolhido com carinho, e o filho que aprendeu com a mãe que a vida não é fácil, mas é bonita demais pra não ser vivida com paixão.

 

E no fundo, tudo o que faço é eco do que aprendi ouvindo minha mãe. Porque, no final das contas, como diz minha mãe, “quem é verdade de casa, vira voz do mundo”.

 

 

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COMO DIZ MINHÃ MÃE
Sobre o blog/coluna
Na coluna “Como Diz Minha Mãe”, convidados especiais compartilham histórias, contos e poemas que cruzam suas vidas com o carinho, a sabedoria e os conselhos de suas mães.

Porque todo mundo tem uma frase, um ensinamento ou um “jeitinho” que só mãe sabe ter — e é por isso que a gente sempre acaba dizendo: “Como diz minha mãe…
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