
Imagem: foto divulgação
Palmas mantém o título de capital brasileira com maior percentual de moradores que vivem de aluguel, conforme os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2024. Pelo oitavo ano consecutivo, a capital tocantinense aparece no topo do ranking nacional, com impressionantes 44,9% dos domicílios ocupados por inquilinos.
Desde 2016, quando o índice era de 31%, a cidade apresenta crescimento constante nessa modalidade de moradia. Palmas foi também a única capital a ultrapassar a marca dos 40% de residências alugadas — patamar atingido pela primeira vez em 2022 (43%).
A capital mais jovem do Brasil mantém ampla vantagem em relação às demais. A segunda colocada no ranking de 2024, Goiânia (GO), registrou 38,9% de domicílios alugados — 6 pontos percentuais a menos que Palmas.
Apesar do avanço do aluguel, caiu significativamente o número de imóveis já pagos na capital tocantinense. Em 2016, mais da metade dos moradores (55,4%) residiam em casas próprias quitadas. Em 2024, esse número caiu para 39,7%. Já os imóveis próprios ainda em processo de pagamento subiram de 6,1%, em 2023, para 8,7% neste ano.
Outro dado relevante é o número de domicílios cedidos, ou seja, moradias ocupadas sem pagamento de aluguel. Eles representaram apenas 6,8% do total em Palmas, evidenciando uma tendência de maior dependência do mercado formal de habitação.
No restante do estado, o cenário se mostra bem distinto da capital. No Tocantins como um todo, 62,8% dos domicílios são próprios e quitados, enquanto apenas 23,8% são alugados. Os imóveis cedidos somam 10,3% e os que ainda estão sendo pagos representam 2,7%.
O estado contabiliza aproximadamente 520 mil casas, 21 mil apartamentos e cerca de 3 mil unidades classificadas como habitação precária, como cortiços ou casas de cômodos.
A pesquisa também analisou as características físicas dos imóveis no estado. Em relação ao piso, 66,5% das residências possuem cerâmica, lajota ou pedra, seguidos por pisos de cimento (32,1%). O uso de madeira apropriada para construção é raro, presente em apenas 0,4% dos lares.
Quanto às paredes, 87,2% das casas são feitas com alvenaria ou taipa com revestimento. Já na cobertura, 86,4% das casas possuem telha sem laje de concreto, e somente 0,8% têm exclusivamente laje.
Os dados da PNAD 2024 reforçam os desafios enfrentados por Palmas na área de habitação. A crescente dependência do aluguel pode refletir tanto o aumento populacional quanto dificuldades de acesso à casa própria, especialmente diante da alta nos preços dos imóveis e do custo de vida.
Especialistas apontam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para fomentar a construção de moradias populares e facilitar o financiamento habitacional, a fim de equilibrar esse cenário e oferecer mais segurança residencial à população palmense.
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