O acidente aconteceu em 22 de março de 2025, na BR-153, em Araguaína. Maria Alice, que seguia de moto para o trabalho- Foto: Alta Tensão/Divulgação
Vitor Gomes Alves de Paula, de 21 anos, acusado de atropelar e matar a motociclista Maria Alice Guimarães da Silva enquanto dirigia uma BMW em alta velocidade, deixou a cadeia e vai aguardar o julgamento em prisão domiciliar. A decisão foi assinada no dia 22 de setembro de 2025 pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal de Araguaína.
Segundo o magistrado, a substituição da prisão preventiva pela domiciliar ocorreu após a defesa apresentar laudo médico que atestou um quadro de depressão grave, com risco iminente de suicídio. O juiz destacou ainda que não houve possibilidade de perícia médica imediata pelo Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína, sendo necessária a avaliação de uma junta médica oficial do Tribunal de Justiça do Tocantins.
Apesar de o Ministério Público ter se manifestado contra a medida, o pedido da defesa foi aceito. Entre as condições impostas, Vitor não poderá sair de casa sem autorização judicial, deverá usar tornozeleira eletrônica, apresentar laudos médicos atualizados a cada 30 dias e comparecer em juízo sempre que for intimado.
O acidente aconteceu em 22 de março de 2025, na BR-153, em Araguaína. Maria Alice, que seguia de moto para o trabalho, foi atingida por trás e morreu no local. Câmeras de segurança mostraram o carro de luxo em alta velocidade, estimada em cerca de 200 km/h, sem sinais de frenagem.

Foto: Arquivo Pessoal
A jovem deixou dois filhos, de seis e nove anos. Familiares relataram que ela havia comprado a motocicleta recentemente para facilitar o deslocamento ao trabalho.
Além de Vitor, outras duas pessoas estavam no carro. O passageiro responsável pelo veículo foi autuado por entregar a direção a quem não possuía habilitação e deve responder em processo separado. Os três haviam saído de uma festa horas antes do acidente, o que foi confirmado por câmeras de segurança de uma boate.
Em abril, Vitor se tornou réu por homicídio qualificado. Na época, o Tribunal de Justiça negou pedido de liberdade feito pela defesa, que alegava irregularidades no processo.
Agora, o jovem deverá permanecer em prisão domiciliar até nova avaliação da Justiça.
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