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Trabalho por aplicativos cresce 170% em 10 anos e muda cenário do mercado no Brasil

Trabalho por aplicativos cresce 170% em 10 anos e muda cenário do mercado no Brasil

26/09/2025 às 18h01
Por: Redação
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Entre 2015 e 2025, o número de trabalhadores por aplicativos aumentou 170% — Foto: Divulgação

O número de pessoas trabalhando em aplicativos de transporte e entrega cresce de forma acelerada no Brasil. Segundo dados do Banco Central (BC), entre 2015 e 2025 a população ocupada no país avançou cerca de 10%, enquanto os trabalhadores de plataformas digitais aumentaram 170%, passando de aproximadamente 770 mil para 2,1 milhões.

A análise está no Relatório de Política Monetária do terceiro trimestre de 2025 e mostra que os aplicativos já impactam diretamente os indicadores do mercado de trabalho. Em cenários simulados sem a existência dessas plataformas, a taxa de desemprego poderia ter aumentado entre 0,6 e 1,2 ponto percentual, o que elevaria o índice atual de 4,3% para até 5,5%.

Segundo o BC, os aplicativos contribuíram para ampliar a força de trabalho e elevar o nível de ocupação no país, trazendo efeitos positivos sobre a taxa de participação. Contudo, especialistas destacam que o fenômeno também é marcado por precarização, com longas jornadas, queda da renda média e menor contribuição previdenciária.

Tocantins acompanha a tendência nacional

No Tocantins, o impacto já é perceptível. Dados divulgados em 2022 indicam que cerca de 4 mil trabalhadores tocantinenses atuavam por meio de aplicativos de transporte e serviços, além de outros 26 mil em regime de teletrabalho.

Pesquisas realizadas em Araguaína, uma das maiores cidades do estado, apontam que motoristas e entregadores enfrentam insegurança, instabilidade e baixa proteção trabalhista, refletindo um cenário comum em várias regiões do país.

Peso na economia

Apesar do crescimento expressivo, os trabalhadores de aplicativos ainda representam uma fatia pequena do mercado formal. De 2015 a 2025, sua participação passou de 0,8% para 2,1% da população ocupada no Brasil.

O transporte por aplicativo também já tem impacto no custo de vida. Desde 2020, o serviço entrou no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação. Em agosto de 2025, o peso desse item no índice foi de 0,3%, metade da influência do subitem passagem aérea (0,6%).

Desafios e futuro

Embora o setor seja visto como porta de entrada para milhares de pessoas no mercado de trabalho, estudos como o do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforçam a precarização da atividade. A renda média de motoristas de passageiros caiu de R$ 3.100 em 2015 para menos de R$ 2.400 em 2022, enquanto o percentual que contribui com a previdência caiu de 47,8% para 24,8% no mesmo período.

No Tocantins, especialistas alertam que o avanço das plataformas precisa vir acompanhado de políticas públicas de proteção social, segurança e renda, para que os trabalhadores não fiquem à margem da formalização.

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