
Foto : Reprodução
As tentativas de golpe envolvendo o uso de biometria facial e documentos falsos estão crescendo de forma preocupante no Brasil. Somente entre janeiro e maio deste ano, mais de 2,3 milhões de fraudes foram barradas por sistemas de autenticação, de acordo com dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Esse número representa 41,2% de todas as fraudes evitadas no período e indica um aumento de 28,3% em relação ao mesmo intervalo de 2024 — uma média de 11 tentativas por minuto.
Os criminosos se aproveitam da popularidade da biometria e da confiança que ela transmite para aplicar golpes sofisticados. Os métodos vão desde pedidos falsos de atualização cadastral até links maliciosos que ativam a câmera do celular, capturando imagens do rosto da vítima. Há ainda casos em que os fraudadores utilizam fotos públicas em redes sociais ou dados vazados na internet para tentar burlar sistemas de verificação.
Com essas informações em mãos, os golpistas tentam abrir contas bancárias, contratar serviços financeiros e até liberar empréstimos em nome das vítimas.
Embora a biometria facial seja considerada um dos métodos mais seguros de autenticação digital, ela não é infalível. Imagens aparentemente inofensivas — como uma selfie postada nas redes — podem ser manipuladas para fraudes. Os golpistas usam tecnologia avançada e técnicas cada vez mais criativas para enganar sistemas e passar por outras pessoas.
A situação exige atenção não apenas dos consumidores, mas também das empresas, que devem investir em métodos de verificação contextual, analisando o histórico e o comportamento do usuário. Situações como uma tentativa de cadastro por um aparelho desconhecido, seguida imediatamente por um pedido de empréstimo, são exemplos de alerta que devem ser identificados e bloqueados automaticamente.
Com o aumento desse tipo de crime, o jornal To em alta reúne algumas orientações práticas para ajudar os consumidores a protegerem seus dados pessoais:
? Não envie fotos do rosto ou documentos por apps de mensagem, redes sociais ou e-mail, especialmente para contatos desconhecidos ou não verificados.
? Desconfie de mensagens ou ligações que pedem “atualização de cadastro” ou verificação de dados pessoais, mesmo que pareçam oficiais.
? Evite que sua foto seja tirada ou seus documentos sejam escaneados sem uma justificativa clara e ambiente seguro.
✅ Cadastre sua biometria apenas em apps e sites oficiais, e sempre verifique se aquele serviço realmente utiliza esse tipo de autenticação.
? Mantenha o celular atualizado, já que versões mais recentes dos sistemas operacionais corrigem falhas de segurança.
? Ative a autenticação em dois fatores em todos os aplicativos e serviços que permitirem essa opção.
? Evite publicar selfies com documentos ou informações pessoais visíveis nas redes sociais.
O avanço das tecnologias de reconhecimento facial trouxe agilidade e segurança para muitos processos do dia a dia. Mas a sofisticação dos golpes mostra que proteção digital também depende de atenção e cuidado com os próprios dados. Em um cenário onde qualquer imagem pode ser explorada, a regra é simples: trate sua biometria como uma senha.
Tem uma dica, sugestão de reportagem ou denúncia? Fala com a gente! O To em Alta quer ouvir você!
Mande sua história, vídeo ou informação e ajude a construir um jornal cada vez mais conectado com o povo.
Participe! Sua voz tem vez aqui no To em Alta! 6398420-8735
Mín. 20° Máx. 31°