
Lançamento do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora ocorreu em seminário promovido pelo Ministério Público do Tocantins – Foto: Júnior Suzuki
A cidade de Palmas contará, pela primeira vez, com um Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA), voltado ao cuidado de crianças e adolescentes afastados temporariamente de suas famílias por decisão judicial. A iniciativa, inédita no município, foi formalizada nesta quarta-feira (27) com a assinatura de uma Carta de Intenções e Compromissos entre a Prefeitura de Palmas e o Ministério Público do Tocantins (MPTO).
O documento foi assinado durante evento promovido pelo MPTO pelo prefeito Eduardo Siqueira Campos e pela secretária municipal de Ação Social, Polyanna Siqueira Campos. O serviço será coordenado pela Secretaria Municipal de Ação Social (Semas), que deve publicar, ainda neste semestre, o edital de credenciamento para as famílias interessadas em participar do programa.
Segundo o prefeito, o projeto reflete o compromisso da capital com a proteção dos mais vulneráveis.
“Uma cidade planejada precisa garantir o cuidado com o que tem de mais importante: suas crianças e adolescentes. Essa é uma responsabilidade social que estamos assumindo com seriedade”, afirmou Eduardo Siqueira Campos.
O serviço será implantado no prédio onde funcionava o Centro de Referência da Mulher Flor de Lis e deve entrar em funcionamento até o fim do ano. A proposta é oferecer um ambiente familiar provisório, mais humanizado e acolhedor, como alternativa aos abrigos institucionais.
De acordo com a secretária Polyanna Siqueira Campos, a ação fortalece a rede de proteção e reafirma os valores de cuidado e empatia da atual gestão.
“Estamos falando de dar a essas crianças não apenas um teto, mas afeto, estrutura e dignidade enquanto aguardam uma definição judicial sobre seu futuro familiar”, destacou.
O promotor de Justiça Sidney Fiori Júnior, que acompanhou o evento, também ressaltou a importância do acolhimento familiar como forma de garantir atendimento individualizado e emocionalmente mais saudável.
“O modelo de família acolhedora é essencial para garantir o desenvolvimento afetivo e cognitivo de crianças que vivem em situação de vulnerabilidade”, afirmou.
A superintendente de Proteção Social Especial da Semas, Marlucy Albuquerque, explicou que as famílias cadastradas e aprovadas para o acolhimento receberão o equivalente a um salário mínimo por criança, conforme previsão do Juizado da Infância.
“O abrigo institucional cumpre sua função, mas o ambiente familiar é insubstituível para o desenvolvimento integral da criança. Esse é um avanço na política pública de proteção social”, avaliou.
As famílias interessadas em se cadastrar como acolhedoras ou voluntárias devem procurar a Semas pelos telefones (63) 3212-7012 ou 3212-7015, ou pelos e-mails:
? protecaoespecial.palmas@gmail.com
? familiaacolhedora.palmas@gmail.com
Um pré-cadastro também está disponível online para facilitar o processo de adesão.
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