
Av. Tocantins. Foto: Luciana Pires Local: Avenida Tocantins - Taquaralto Palmas - TO
O Tocantins chegou a 1.586.859 habitantes em 2025, segundo as novas estimativas populacionais divulgadas neste mês. O crescimento foi tímido — apenas 0,6% em relação ao ano anterior —, mas suficiente para manter o estado na 24ª posição entre os mais populosos do país. No mesmo período, o Brasil alcançou 213,4 milhões de pessoas, com avanço de 0,39%.
Apesar do aumento geral, os números escancaram um cenário já conhecido no Tocantins: a concentração da população em poucos municípios e o encolhimento de dezenas de pequenas cidades.
Das 139 cidades tocantinenses, apenas 28 têm mais de 10 mil moradores. Em contrapartida, 77 municípios não chegaram nem a 5 mil habitantes. Cinco deles — entre eles Oliveira de Fátima e Crixás do Tocantins — estão entre os menos populosos do Brasil.
A capital Palmas segue como principal polo de atração de moradores no estado. A cidade atingiu 328.499 habitantes em 2025, um aumento de 1,51% — índice que a coloca como a terceira capital brasileira com maior crescimento proporcional no último ano. À frente de Palmas, apenas Boa Vista (RR), com 3,26%, e Florianópolis (SC), com 1,93%.
Fora da capital, os maiores municípios são Araguaína (183.024), Gurupi (90.209), Porto Nacional (69.551) e Paraíso do Tocantins (55.704) — todos com mais de 50 mil habitantes.
Os dados também reforçam uma tendência que deve preocupar os gestores: o esvaziamento gradual de boa parte do interior do estado. Em cidades como Sucupira, Chapada de Areia e Ipueiras, a população estimada não passa de 1.600 pessoas.
Esse cenário tem impactos diretos na distribuição de recursos públicos, já que as estimativas populacionais são utilizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular os repasses do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Além disso, o êxodo de moradores em direção a cidades médias ou à capital tende a pressionar os serviços urbanos e agravar o desequilíbrio no acesso a infraestrutura, saúde, educação e emprego.
As estimativas são feitas anualmente com base em projeções matemáticas que consideram os dados dos Censos de 2010 e 2022, além de eventuais mudanças nos limites dos municípios. Embora não substituam o Censo, as estimativas são essenciais para o planejamento e a formulação de políticas públicas.
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