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"Shamar 2025" fecha cerco contra violência doméstica no Tocantins: 121 presos e mais de 17 mil pessoas alcançadas com ações educativas

"Shamar 2025" fecha cerco contra violência doméstica no Tocantins: 121 presos e mais de 17 mil pessoas alcançadas com ações educativas

10/09/2025 às 13h34
Por: Redação
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Operação nacional coordenada pelo Ministério da Justiça teve saldo expressivo no estado, com prisões, medidas protetivas e forte atuação preventiva em escolas e comunidades /Foto:- Foto: João Guilherme Lobasz/Governo do Tocantins

A violência doméstica ganhou resposta dura e articulada no Tocantins durante a Operação Shamar 2025, encerrada nesta semana após mais de um mês de ações integradas entre forças de segurança, órgãos públicos e sociedade civil. Com início em 1º de agosto e conclusão em 4 de setembro, a operação prendeu 121 pessoas por crimes relacionados à violência contra a mulher, realizou centenas de ações educativas e ampliou a proteção de vítimas em situação de risco.

Sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Shamar 2025 mobilizou 44 policiais, 12 viaturas e diversas unidades especializadas em um esforço conjunto de repressão e prevenção. Ao todo, foram cumpridas 544 diligências, com mandados de busca, prisões, fiscalizações de medidas protetivas e atendimento a vítimas. Das prisões, 102 foram em flagrante, 17 por mandado judicial e duas por descumprimento de medidas.

Educação como estratégia de combate

Mais do que números, a operação apostou na informação como ferramenta para romper ciclos de violência. Em escolas, comunidades, associações e espaços públicos, 213 palestras foram realizadas, somando um público de 17.024 pessoas. Além disso, campanhas digitais e panfletagens impactaram diretamente mais de 111 mil pessoas, entre ações presenciais e online.

“Levar informação é quebrar o silêncio. É onde tudo começa”, destacou o delegado Anderson Casé, diretor do Sistema Integrado de Operações (SIOP). “A aproximação com a comunidade e o fortalecimento da rede de proteção fazem toda a diferença para que a mulher saiba que não está sozinha”, completou.

Medidas protetivas e investigações aceleradas

No período da operação, foram registrados 2.362 boletins de ocorrência e instaurados 202 inquéritos policiais. Chamou a atenção a agilidade na conclusão dos casos: 241 inquéritos já encerrados, com autoria identificada. Foram também acompanhadas 611 medidas protetivas de urgência, e outras 213 solicitadas, mostrando o esforço das forças policiais em garantir resposta rápida a vítimas em situação de vulnerabilidade.

Caminhada e mobilização em Araguaína

Um dos pontos altos da operação no interior foi a realização da 3ª Caminhada Agosto Lilás, em Araguaína. O evento, liderado pela 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), mobilizou centenas de pessoas em defesa dos direitos das mulheres. Durante a caminhada, houve distribuição de materiais informativos, atendimentos jurídicos e até aulas de defesa pessoal.

A iniciativa contou com o apoio da Prefeitura, Ministério Público e outras instituições locais. Para os organizadores, o evento simboliza o engajamento coletivo necessário para enfrentar o problema com mais força e visibilidade.

Ferramentas tecnológicas a favor da vítima

Outro destaque da operação foi a divulgação do aplicativo Salve Mulher, desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO). A ferramenta, disponível para Android, permite realizar denúncias anônimas, solicitar medidas protetivas e acessar informações sobre os diferentes tipos de violência, de forma rápida e segura.

O app é considerado uma inovação entre os estados brasileiros por reunir, em um único canal, funcionalidades voltadas exclusivamente à proteção da mulher em situação de violência.

Compromisso contínuo

Para o secretário estadual de Segurança Pública, Bruno Azevedo, a operação reforça que combater a violência contra a mulher exige atuação constante:

“É um trabalho que não se encerra com a prisão do agressor. Precisamos garantir a proteção da vítima, dar suporte, educar a sociedade e agir com firmeza para responsabilizar quem viola direitos. E isso só é possível com ações integradas como a Shamar”, afirmou.


Denuncie violência contra a mulher

Ligue 180 – atendimento gratuito, anônimo e 24 horas
App Salve Mulher (Android) – denúncia e pedido de medida protetiva online

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